A gente pegava leve.
Brincaba de boneca.
Andava na rua de bicicleta.
Família era estrutura generosa.
A gente era acolhido pela vó
com bolinhos de chuvas
realmente, selecionados.
A gente tinha um grande papel
na infância que se prolongava
e bastante.
Os meninos jogavam bola
no campinho, sujavam as roupas,
mas, sujavam as roupas pra caramba.
Não fazíamos a menor idéia
de que existiam drogas.
Corsos de carnavais?
Ignorávamos camisinhas.
Esperávamos papai-noel
como hoje em dia
se sonha com a sorte das loterias.
Guerras, era assunto
pra livros de história.
Íamos com os pais aos campos
de futebol mais pra tomar sorvete,
comer pipócas e sentir a magia das
torcidas, o futebol arte!
Aos domingos, missa.
Fins de semana, já mais na
adolescência os bailinhos do colégio.
Na prática, não sei se existiam
pesquisas de audiência.
As novelas eram românticas do
ponto de vista visual pelo menos.
Os capítulos de nossas vidas,
iam pra um diário que não explicava,
mas, guardava segredinhos inocentes.
Mini saia.
Ah! Mini saias na verdades,
eram enroladas na cintura na esquina.
O pai corria atrás do namorado
se fosse preciso... a pedradas.
Haviam ânsias e vontades de protestos,
que mais tarde se consolidavam
aqui, ali, e passava a ter o significado
da esperança de uma certa liberdade,
sem temores, com convicções
que pareciam certeiras.
Hoje, tudo acontece as claras.
Negociam-se direitos ou
travam-se verdadeiras batalhas.
Batalhas, de toda ordem.
Não sei se estou lamentando
ou ampliando estímulos para reflexões.
Comparações.
Entre velha máquina de escrever
e a atual tecnologia, muitas águas rolaram.
Muitos sonhos, só renovaram novos sonhos
de homem se tornar gente,
da gente ser verdadeiramente feliz.
Cecília Fidelli
Desculpem pelo menos uns três errinhos de digitação. Muito obrigado. Cecília.
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