Eu escrevo
como quem grita de alegria
libertando-se das correntes da timidez.
Eu escrevo
como um riacho que recebe afluentes e transborda,
transforma-se em rio descendo o penhasco,
em cachoeira.
Derrama-se nas pedras e vales,
invadindo a vida.
Eu escrevo
apressada, aproveitando o romper da aurora,
a claridade do dia,
a tênue luz do ocaso,
temendo a longa noite que não terá amanhecer.
Luciene Freitas
Recife,04-07-1997.
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