Alguém já andou dizendo
que a noite é dos poetas e dos loucos.
Acho que não sou nenhum, nem outro.
Ou dos dois um pouco.
A noite parece que tem um tubo
e me suga, pelas entranhas.
A noite tem minha senha.
Eu me arrumo toda pra ela.
Cara limpa, camisola e pronto.
Às vezes bate o sono,
mas nunca dá pra esperar.
Eu fico acordada
tentando entendê-la.
É na noite que as pessoas
admiram o todo, esse universo
é pouco na hora da soneca
ou ao sol tão fresco,
como um filão de pão.
A noite é louca
e poeta... é bôbo.
Cecília Fidelli
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