Então...
Deixarei que tu morras em mim
Farei a ti, tua vontade!
Mas não irei velar-te
Não irei te coroar de flores
Nem mesmo taparei teu rosto
Quero ver a terra sombria tomar
Conta de todo tu, em mim...
Não colocarei em ti, tua melhor roupa!
Não a mereces...
Tão pouco chorarei....
Já derramei lágrimas suficientes
Na dor imensa de amar, de te amar
...amarga como fel,e triste!
A ti, dou –te a terra, e uma cova funda
ordinaria e vagabunda!
Onde te sepulto na mais
Negra lembrança, acre dentro de mim...
a mais vil, a mais desprezível....
Não acenderei velas, nem te farei lapide!
Não quero identificar onde tu ficaste
Retiro-te do meu amor,
Serei eu fantasma,o teu fantasma!
Pois, meu amor sou eu que te enterro,
E contigo hoje levas ao chão frio
da tua covas o amor que te dei.
Sem abanos, sem beijos, sem lágrimas!
Nesta despedida, sem dor, sem saudades...
Para sempre dentro de mim...
Sandra Mello -flor |
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