Vitor Prates ficou melhor, mas infelizmente perdera o braço:- Uma infelicidade!- Aquilo não era normal, não era humano, nem mesmo uma fera irracional, podem entender uma coisa dessas?- Caio olhou discretamente para Elizandra:- O senhor precisa descansar pois foi um trauma muito grande, vou me recolher, se precisar é só nos chamar!- Na sala o médico e sua empregada conversavam:- Será que ele desconfia do senhor?- Mas essa noite nada aconteceu eu vi a fera e atirei nela, entende?-Sim eu sei,mas o senhor sabe que eu posso sentir e falar com essas criaturas e sinto que o sinhozinho corre perigo, essa fera não está pra brincadeira eu não posso me comunicar com ela!-
Neste momento em outro local da vila o pianista Frederico Weber chegava em casa mancando, tinha um ferimento no joelho e com sofreguidão conseguiu entrar em casa:- Essa foi por pouco, da próxima posso não escapar!- Miguel Figueiroa também chegou em sua casa depois da meia-noite, estava furioso tinha um ferimento no pé que sangrava muito:- Que ódio, aquele miserável atrapalhou meus planos, mas será pela última vez, Isaura venha até aqui!-
Isaura era a única escrava que aceitou continuar na casa com ele depois da abolição a dedicação da negra era tamanha que fingia não escutar os insultos e o desprezo com que ele a tratava, convivera com ele desde quando Miguel era apenas uma criança:- Estou aqui meu amo!- Traga-me algo para fazer um curativo, depressa negra molenga!- A velha escrava foi se arrastando, Miguel ficou ali bufando de ódio, teria que dar um jeito de uma vez por todas no médico, era ele ou o Dr. Caio e Miguel Figueiroa preferia que fosse ele.
Continua...
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