Prometer implica automàticamente
em cumprir.
Não cumprir é um erro.
Quem assume seus erros?
Muito provàvelmente
a promessa vai ficar sempre lá,
decompondo uma espera,
movimentando uma esperança.
Orifícos se abrem dentro de alguém.
Ilustrar decepções na mente.
E quem mentiu
criou e transferiu uma imagem.
Ela fica alí, paralizada.
Com incríveis detalhes.
E quando promessas não cumpridas
tornam-se sequências,
parece que o tempo demora mais.
Em redor do tema,
editar um olhar congelado,
um coração desajeitado.
E pensar que era ele
quem perguntava:
- Você nunca vai me deixar?
Prometa que você nunca vai me deixar.
Ela não prometeu.
Jurou.
Entretanto, ele a deixou.
E ela quis continuar se enganando.
Quis alimentar a mentira mais complicada:
- A outra se fez passar por mim.
Até controlamos os sentimentos,
mas não controlamos interesses.
Depois daquela história de amor
ele tinha que se lembrar dela.
Estranhas.
Estranhas jornadas da alma.
Cada uma com uma dor.
Quem prometeu,
quem se deixou enganar.
Uma vida inteira
decomposta
em função de uma
espera eterna.
Cecília Fidelli
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