2012 vai chegar
como chegaram
todos os anos anteriores.
Tão inocente, quanto malicioso,
e vai ser recebido
com rojões,
foguetes pirotécnicos,
ruidosos, coloridos e brilhantes.
Tomara que sem nenhum acidente.
Trazer ilusões e medos,
maldades, prazeres,
fadas, magos,
navios de sonhos,
barcos sem remos.
Vai trazer alegrias,
enfatizar outras barbáries,
mas aos poucos,
também a sabedoria
que viaja, literalmente,
através do tempo
com o aval das experiências
se conservarmos
na lembrança o Natal
de todos os dias, o ano inteiro.
Se seguirmos os exemplos
Daquele que veio
do ventre de Maria.
Antecipo aqui,
a retrospectiva de 2013.
2012,
vai continuar assaltando
nossas carteiras,
por conta do capitalismo,
vai tirar o bom humor
e quem sabe mais uma vez
a credibilidade do Povo Brasileiro,
afinal, ano de eleições,
que lembram corrupções.
As coisas de sempre.
Vamos continuar escrevendo,
copiando e colando
poemas de paz,
de amor e saudade.
Espalhando perfumes Celestiais
e os caos em trânsito
aqui e no resto do mundo.
Mãos cheias de dinheiro,
figurando com mãos
vazias de carinhos.
Em todos os lugares
ao mesmo tempo,
idéias e pensamentos
mais e mais globalizados,
constantemente.
E haveremos de continuar vivendo
hora felizes, hora destroçados.
Revivendo emoções antigas
e vivenciando outras inéditas.
Vai ser pra lá de bom se a saúde
estiver sempre presente.
Se pudermos explodir
de contentamento
com presenças que nos encantem,
se pudermos acolher
pelo menos alguns irmãos
e dividirmos o osso.
Porque o mundo gira
e o que importa na humanidade,
são as atitudes nobres e solidárias,
são os olhares reveladores.
São os terrenos férteis,
o trabalho e a paz
principalmente nas sociedades
ainda menos coerentes.
Os ventos
vão continuar soprando,
e que bons ventos
cheguem a todos os cantos
sem fluir tantos tormentos.
Que o sexo forte
faça lindos versos ao sexo fraco.
Que os idosos e as crianças
sofram e chorem menos.
Que cada um de nós
projete e execute com sucesso
seu próprio paraíso
sem prejuízo dos outros.
Que a lágrima
possa atingir um ponto ameno
pra ser menos tristonha.
Que possamos continuar indo e vindo
sem o obstáculo da violência,
sem nenhuma espécie
de preconceito ou constrangimento.
Que prevaleça sempre o bom senso.
Que os sorrisos
sejam ampliados até a orelha.
Que nossa Constituição obsoleta
sofra as necessárias, reais e
devidas modificações
por políticos hoje tão ausentes.
Por parlamentares
de melhor caráter, decentes,
menos dementes.
Por todos nós, não só pra eles.
Críticas e berros
não tem tido ressonâncias.
E que todos se esforcem
pra espalhar mais luz
que sombras sobre a natureza.
Cecília Fidelli
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2012.
ResponderExcluirContando as horas.
Se o mundo é uma escola,
a vida é a professora.
Aproveitando bem as lições
a gente chega lá.
Cecília Fidelli.
Querida estou aqui me deliciando do nectar da poesia escrita por a minha poetiza preferida.
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